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22.3.10

...coisas que ficam

Com tantas mudanças no começo desse ano - aliás, até hoje - acabei deixando acumular um montante de coisas bacanas que experienciei e que queria dividir aqui no blog. Hoje deu aquela vontade louca: é hoje, tenho que escrever isso tudo logo! Então, com o perdão da verborragia, escrevo um relato riquíssimo.para mim. É dessas dessas coisas que você passa na vida e que ficam para sempre... Não precisa de bookmark, de email para lembrar, de alerta no celular... Fica ali, na cabeça e no coração, voltando sempre à tona para te alegrar. E depois tem mais!

#1 - Santo Antônio do Leite, doce e verde

No mês passado, fui à cidade de Santo Antônio do Leite, uma graça a apenas 80km de Belo Horizonte. Ali, na estrada de Ouro Preto, passamos dentro de uma cidade chamada Cachoeira do Campo – todo mundo corta a rua principal e não sabe. Ali, vira-se à direita, subindo uma rua que parece não levar a lugar nenhum, passando no meio de casa simples, quando desemboca numa pequena rodovia margeada de verde. Começa a surgir Santo Antônio.

A pequena população não deve chegar aos 4.000 habitantes, e se divide nos bairros do Centro (chamado de Leite), Catete, Gouveia, Chapada (que não é a de Lavras Novas), Passagem e Boa Vista. Fica muito marcado, não só geograficamente, como cada região dessas tem sua identidade – uma espécie de bairrismo. É como se não fosse uma só cidade, mas cinco. “Olha, isso não fica aqui. É lá no Leite” – algo assim.
Enfim, chegando à parte das dicas pelos lugares que passei e adorei, comecemos pelo mais aconchegante: a pousada. Fiquei no Pouso do Alferes, que tem apenas 2 anos de existência. Ao chegar na pousada, ainda fora dela, vi aquele casarão branco com janelas azuis e pensei – de que ano é isso? Que lindura! Que nada. Novinho e muito charmoso, lembrando as casas de fazendas antigas ou mesmo casarões de séculos imperiais de Ouro Preto.

Muito bem recebida (tive o prazer de reencontrar uma antiga professora, D.Vera, hoje dona da pousada junto ao marido gente boníssima, César), não só adorei a decoração do quarto com as peças de ferro – produzidas pelo casal, mas deliciei um café da manhã supremo, especialmente pelo pão de queijo bem feito, bolos sortidos e geléias descomunais: da fruta, saborosas, pra comer com o queijo fresco ou tudo mais à mesa.
Como o final de semana é curto para fazer tudo o que se quer, e minha predileção é comer e depois andar por aí, fui a um bom restaurante de massas em Ouro Preto: Piacere. Voltei para Santo Antonio para uma noite maravilhosa, sem um pingo de barulho a não ser de grilinhos, do vento e das estrelas. Obrigada mãe natureza!

Assim, feliz e descansada, fui conhecer a região central da cidade, onde tem uma feirinha de artesanato muito simpática. Fica atrás da Capricho Asturiano Pousada Rural, e tem coisas lindas de prata e pedras – grande riqueza da região. Os preços honestos e a receptividade, fazendo jus ao povo mineiro, são nota 10! Saindo dali, vale o passeio a pé pela cidade e suas igrejinhas. Os morros são uma vista que descansa os olhos. E, na rua/rodovia principal, por detrás de um muro de pedras, espie o imponente sítio do ex-ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guias. Eu quis entrar!

Como não podia deixar de ser, voltamos e passamos por Cachoeira do Campo para espiar a cidade. Seguimos para Glaura, minha escolhida para outro passeio. Fica do outro lado da rodovia, a 15 minutos de Santo Antônio, 26km de Ouro Preto. Sempre ouvi falar bem do local, um dos mais antigos da região, de passagem dos bandeirantes e um dos palcos da Guerra dos Emboabas. Na tradição festas como a de Santo Antônio marcam o calendário da cidade. Estava louca para conhecer a Igreja de Santo Antônio, mas infelizmente estava fechada.

Mas o que não faltou foram casas lindas e bem cuidadas para eu me encantar. Verdes, amarelas, brancas, enfim, multicoloridas com suas sacadas rebuscadas e janelas para ficar pendurada o dia todo (é nesses momentos que a gente entende um pedaço do porque o pessoal das antigas vivia pendurado ali ;-). Não resisti a uma placa de “Vende-se doce no canudo”, ou seja, canudinho de doce de leite passado no açúcar e canela... Uma delícia.

Assim que a chuvinha começou, voltamos para Belo Horizonte, mas não antes de passar numa deliciosa sorveteria chamada “Arte e Manha”. Sabores como fruta do conde, jabuticaba, limão com manjericão, rosas com hibisco, fizeram minha tarde mais feliz. Vale a pena comprar as geléias de fabricação local – mas chore no precinho, que fica sempre supervalorizado! Amo a de jabuticaba – que vai com doce ou salgado, na mesa do café e do lanche, durando até hoje lá em casa...

3 comentários:

Natália Menhem disse...

Amiga!

Quantas saudades! Estou mandando para os que moram longe o link desse site que tem uma promoção que você pode ganhar passagens!

http://www.viajamos.com.br

Porque, mais do que nunca, viajar é preciso, né? Tô com saudades! :)

Beijocas

Mateus Brandão disse...

Eih Rubinha!!
adorei o texto, conheço muito bem os três distrito que vc visitou, são lindos mesmo. No projeto que trebalhei nessa região, o Vale Registrar, fiz um video sobre a festa de Santo Antonio, sobre Glaura e um sobre as lendas e mitos de Cachoeira do Campo. todos com depoimentos de moradores e lindas imagens da região. Vc os encontra na Estação Ferroviaria de Mariana, estão la pra quem quizer ver. vale a pena...rs...
bjs!!

Rubia Piancastelli disse...

Bacana demais Mateuzinho... a próxima vez que for a Mariana vou ver sim! Nosso interior é mesmo uma belezura! beijos

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